sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Artes-Origem da Mina da Passagem


Origem da Mina da Passagem
Não é possível se traçar os rumos da história mundial do ouro sem se falar do "Ciclo do Ouro" brasileiro. Este período, muito bem definido na história brasileira, coincide com o Séc. XVIII, pois iniciou-se em 1965, com a primeira exportação economicamente significativa e findou por volta de 1800, quando o ouro passou a ocupar um plano secundário na economia nacional. Durante este período, a produção mundial de ouro foi de 1.421 toneladas métricas, tendo a capitania de Minas Gerais, praticamente Ouro Preto e Mariana, contribuído com 700 toneladas, ou seja, 50% do ouro produzido no período.
Liteira        Old Carriage
A interiorização do Brasil se iniciou com a procura de riquezas, principalmente ouro, esmeraldas e brilhantes, que os homens da época julgavam existir naquela tão bela e promissora terra. Organizados em grupos denominados bandeirantes, eles entregavam-se de corpo e alma à procura dos metais e das pedras preciosas, embrenhado-se pelos sertões.  Nos fins do Séc. XVII, por volta de 1695, uma dessa bandeiras, comandada por Manoel Garcia Velho, encontra em Tripuí, a oito léguas de Ouro Preto uma série de granitos cor de aço, que mais tarde, quando examinados, verificaram tratar-se de finíssimo ouro. A notícia espalhou-se por toda a parte da colônia e a partir de 1697 se estabeleceu um "rush" que se avolumou nos anos subsequentes.
Garimpo no ribeirão          Panning in the stream
Museu da Mina          Mine´s Museum
Em 1780, João Lopes de Lima manifestava as jazidas de cascalho de N. S. do Bom Sucesso e, em 1702, João Siqueira dava conhecimento o sumidouro de Mariana. Durante este período se instalaram dois grupos mineiros que viriam a constituir as povoações de Mariana e Vila Rica de Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto. Apesar da pouca distância que as separava, se ignoraram por longo tempo. Porém, as águas turvas do Ribeirão do Carmo mostravam para os habitantes de Mariana, que rio acima, existia uma outra cidade. Na ânsia de manter contato com elementos civilizados, subiram o Ribeirão do Carmo. Em 1719 fundaram a Vila da Passagem, que se encontra entre as duas cidades. Durante essa época, os mineiros que iam subindo o rio bateando os depósitos aluvionares, descobriram o ouro primário de Passagem.
Lago no interior da mina          Lake inside the mine
Com a descoberta e abundância do ouro, no período de 1729 à 1756, fluiu para a área um grande número de elementos que passaram a explorar as jazidas concentradas no Morro de Santo Antônio. Os trabalhos eram realizados a céu aberto e/ou por meio de pequenos serviços subterrâneos que, geralmente paravam quando era atingido o lençol freático. Lavrava-se, e recuperava-se, então, apenas o ouro contido nos itabiritos, na jacutinga e na canga ferro-aurífera. A mão-de-obra era totalmente escrava e acredita-se que em certa época, cerca de 35 mil escravos povoaram as senzalas do Morro Santo Antônio.
Ouro         Gold
Data do século VIII a descoberta do Ouro em Passagem. Os bandeirantes percorreram os veios d`agua da bacia do Rio Doce, atingiram o Ribeirão do Carmo, no qual localizaram Ouro aluvionar abundante. Subindo o Ribeirão, em típica prospecção por bateia, descobriram em 1719 as jazidas primárias de Passagem. De 1729 à 1756, vários mineiros obtiveram concessões para a exploração das jazidas. Com o passar dos anos, reduziram-se a um único dono. Após sua morte seus herdeiros transferiram a Mina, a 12 de Março de 1819, ao barão W. L. von Eschwege.
Draga no Ribeirão do Carmo                                                       Dragging in the Carmo´s Stream
Os trabalhos até então, se concentravam no Morro Santo Antônio e eram executados por mão-de-obra servil, a céu aberto ou mediante pequenos serviços subterrâneos.. Recuperava-se o Ouro contido nos Itabiritos, na Jacutinga e na canga Ferro-Aurífera. Segundo tradição, povoaram as zensalas do Morro Santo Antônio, 35 mil escravos. As ruinas ainda existentes testemunham este remoto passado.Eschewege formou a primeira empresa mineradora do Brasil, sob o nome de Sociedade Mineralógica de Passagem. Construiu o engenho, com dez pilões californianos e estabeleceu o primeiro plano de lavra subterrânea. Somente após o ano de 1800 é que se descobriu Ouro nos quartzitos, nos Xistos grafitosos e nos Dolomitos, dando novo rumo a exploração das jazidas.
Após anos de prosperidade, o Barão Eschewege, atraído por novas atividades na siderurgia pioneira, desinteressou-se da mineração do Ouro. A Sociedade Mineralógica passou, a 1o de junho de 1659, às mãos do mineiro Inglês Thomas Bawden. Este, depois de trabalhar quatro anos, revendeu-a, a 26 de novembro de 1863, à Thomas Treolar, representante da nova empresa em formação, a "Anglo Brazilian Gold Mining Company Limited", que encampou a Socidade Mineralógica de Passagem. A "Anglo Brazilian" adquiriu diversas conceções vizinhas, como Paredão e Mata cavalos e trabalhou nas jazidas de 1864 à 1873, produzindo 753.501 gramas de Ouro ao teor médio de 6.89 gramas por tonelada de minerio.
Draga               Drag
De 1874 à 1883, a mina esteve paralizada. Em 14 de março de 1883 foi vendida a um sindicato francês, que constituiu a "The Ouro Gold Mines of Brazil Limited" A nova empresa operou com grande sucesso até março de 1927, quando foi vendida ao grupo Ferreira Guimarães, banqueiros de Minas Gerais e transformada, em maio do mesmo ano, na atual Companhia Minas da Passagem. A Companhia Minas da Passagem operou regularmente até 1954. De então, até 1960 esteve paralizada. Tentativas de reabertura, de 1959 a 1966, foram infrutíferas. A conjuntura inflacionária, a falta de capital e de espírito mineiro, principalmente, o preço irreal do ouro, fixado em 35 dolares a onça-troy, e finalmente a obrigatoriedade de toda a produção ser vendida ao Banco do Brasil, tornavam a lavra economicamente inviável.
De 1967 a 19 de dezembro de 1973, o Grupo da Companhia Anglo Brasileira de Construções adquiriu o controle acionário da Companhia Minas da Passagem, sem ter sucesso nas tentativas, então desordenadas, de desenvolver o empreendimento. Em outubro de 1976, os então acionários majoritários, reconhecendo o insucesso de suas tentativas, retornaram o controle acionário ao Dr. Walter Rodrigues.

Artes-Aleijadinho


                   Aleijadinho



Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, nasceu em 29 de agosto de 1730 em Vila Rica (atual Ouro Preto).
É considerado um dos maiores artistas barrocos do Brasil e suas esculturas e obras de arquitetura encantaram a sociedade brasileira do século XVIII.
O artista usava em suas obras, madeira e pedra-sabão (matéria-prima brasileira), além de misturar diversos estilos barrocos (rococó e estilos clássico e gótico).
Sua existência é cercada por controvérsias. Muitos estudiosos acreditam que ele não existiu e que foi , na verdade, uma invenção do governo de Getúlio Vargas.
Aos 40 anos, ficou doente. Ninguém sabe ao certo o que o houve, mas especula-se que teve lepra e foi por causa da doença que recebeu o famoso apelido.

Igreja de São Francisco de Assis
Aos poucos, foi perdendo o movimento das mãos e dos pés e para trabalhar pedia ao seu ajudante para amarrar as ferramentas no seu braço. Mesmo assim, continuou trabalhando em igrejas e altares de Minas Gerais.

Obras de Aleijadinho

  • Igreja de São Francisco de Assis (considerada uma das maiores realizações de Aleijadinho. Ele esculpiu, talhou e ornamentou a parte interna da igreja)
  • Igreja de Nossa Senhora do Carmo
  • Palácio dos Governadores
  • Os Passos da Paixão: são esculturas em madeira feitas por Aleijadinho e pintadas por Ataíde  que representam o calvário de Cristo. Estão dispostas em 6 capelas ao longo do Morro do Maranhão, diante da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos (em Congonhas do Campo).Na frente desta igreja estão as famosas estátuas d’Os Doze Profetas, esculpidos em pedra-sabão, em tamanho natural. Consta que Aleijadinho esculpiu Os Doze Profetas (considerada sua obra mais conhecida) com a ajuda de escravos e com instrumentos amarrados no pulso. As obras teriam começado em 1796 e terminado alguns anos antes da sua morte em 1814.
  • Igreja de São Francisco de Paula (imagem do padroeiro)

Teto da Igreja de São Francisco de Assis, pintado
pelo Mestre Ataíde.
Morreu doente e abandonado em 18 de novembro de 1814. Infelizmente, a importância de seu trabalho só foi reconhecida após sua morte.
A vida e obra desse excelente artista foram retratadas na TV e no cinema:
  • Cristo em Lama (cinema)
  • Aleijadinho – Paixão, Glória e Suplício (cinema)
  • No Caso Especial da Rede Globo com Stênio Garcia (TV)

Artes-O Grafite e a pichação

O Grafite e a pichação

A Diferença entre os dois

A pichação vem causando polêmica cada vez mais entre a sociedade. Então resolvemos colocar isso em debate.Vamos conhecer agora o que é o grafite e o que é a pichação.

Por Diego Lima e Suyane Oliveira

        



 X

Existe uma grande diferença entre grafite e pichação. A diferença é que grafite é considerado uma arte de rua, já a pichação não é considerada uma arte, e sim uma atitude de vandalismo. A pratica de pichar pode levar uma pessoa á cadeia durante muito tempo. A mais recente arma contra a ação dos pichadores é o artigo 65 da lei dos crimes ambientais, número 9.605/98, existente desde1998 e que estabelece punição de três meses a um ano de cadeia e pagamento de multa.
 As pessoas que têm o costume de pichar, disputam com outros pichadores para saber quem picha mais alto. Daí os prédios, praças,  edifícios públicos e privados ficam sujos.  Uma solução criativa para evitar a pichação é transformar os muros de edifícios em telas de arte.  Outra solução para acabar de vez com a pichação é levar os pichadores para conhecer a arte. Então é aí que aparece o grafite. 
 Os grafiteiros procuram tirar as pessoas da ´´malandragem´´ e levar pichadores para o caminho da arte.
ATENÇÃO  
O grafite só é proibida quando não tem uma solicitação.   
O grafite faz tanto sucesso hoje, que até recentemente o rei da Escócia mandou seus filhos contratarem alguém para renovar a pintura do castelo e eles resolveram chamar três grafiteiros brasileiros para fazer a obra-de-arte . 
O rei falou que quando eles começaram  havia estranhado, pois nunca tinha visto uma arte assim tão bonita.
Também há uma diferença entre a pichação, pois ela não é respeitada por ninguém. E o grafite é respeitado porque trata-se de uma arte muito bela. Porém, mesmo que o grafite seja muito belo, tem gente que não gosta desse tipo de arte.
                                                     
A PICHAÇÃO NA SOCIEDADE ATUAL
 

   
A pichação, por incrível que pareça, não pode ser tratada como simples caso, pois situa dentro de outros contextos da cidade. Quem é que nunca andou pelas ruas da cidade e nunca se incomodou com os desenhos pichados? 
Os rastros da pichação estão em tudo que se olha na cidade, tudo já virou alvo das latas de tintas e outros materiais usados para pichar. Geralmente, não todas, as pessoas que picham são membros de gangues. E isso acaba contribuindo para a violência nas ruas da cidade.
O movimento dos pichadores é tão grande nas cidades, que o governo está tomando atitude de ceder muros para eles não picharem mais a rua. Afinal, pichação é o ato de desenhar, rabiscar, ou apenas sujar um patrimônio (público, privado) com uma lata de spray ou rolo de tinta.
Diferentemente do grafite, cuja preocupação é a ordem estética, o piche tem como objetivo a demarcação de territórios entre grupos. No geral, consiste em fazer algo que para eles é uma arte e para a sociedade é o ato de vandalismo.

O grafite trata-se de um movimento, organizado nas artes plásticas. Apareceu no final dos anos 70 em Nova Iorque, como movimentos culturais das minorias excluídas da cidade. Com a revolução contracultural de 1968, surgiram nos muros de Paris as primeiras manifestações. Os grafiteiros querem sempre divulgar essa idéia. 

Líderes palestinos pedem interferência dos EUA contra colônias.

Líderes palestinos pedem interferência dos EUA contra colônias                                            




Associated Press
Colônia israelense
Um local de construção em Jerusalém Leste, território palestino.
Líderes palestinos pedem interferência dos EUA contra colôniasO secretário-geral da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Yasser Abed Rabbo, disse que a equipe estadunidense para as conversações de paz entre os palestinos e israelenses não tomaram qualquer parte nas negociações, até o momento. Rabbo deu declarações à rádio Voz da Palestina, nesta quinta-feira (22).Associated PressColônia israelenseUm local de construção em Jerusalém Leste, território palestino.Três rodadas de conversações de paz foram realizadas até o momento, uma em Washington e duas em Jerusalém, desde que os dois lados concordaram, no fim de julho, a retomar as negociações, após três anos sem contatos neste sentido.O secretário de Estado norte-americano John Kerry nomeou o diplomata veteran Martin Indyk como enviado especial dos EUA para as conversações de paz. Indyk estava em Jerusalém durante as duas reuniões recentes, mas não participou delas.Leia também:Palestina: Enviado dos EUA deve ser mais ativo nas negociaçõesPalestinos debatem internamente sobre negociações com IsraelIsrael e Palestina discutem agendas para negociações sem os EUAAbed Rabbo disse que os estadunidenses não participam nas conversações “devido à posição e exigência israelense”, e que “este é um sinal de como e aonde as conversações estão caminhando se os EUA não conseguirem se impor no processo de paz”.O secretário-geral da OLP disse que este é apenas um dos problemas, entre muitos outros, como a recente atividade em larga escala da colonização israelense, que considera “muito perigosa para o futuro do processo de paz”.Ele disse que as negociações perderão qualquer credibilidade devido a esta atividade, porque Israel será visto interpretado como se estivesse usando as negociações como uma cobertura política para as colônias.“As negociações terminarão com um resultado desastroso, sem qualquer alternativa real, caso a construção de colônias continue juntamente com as conversações”, disse Abed Rabbo; “a situação no terreno não mostra qualquer sinal positivo até o momento”, completou.Enquanto isso, o presidente Mahmoud Abbas disse a representantes do partido israelense Meretz (“Energia”, classificado como “sionista de esquerda”) que está comprometido com a busca por uma paz abrangente e justa na solução de dois Estados, para estabelecer o Estado independente da Palestina, com Jerusalém como a sua capital.Nesta quarta (21), Hanane Ashraui, do Comitê Executivo da OLP, teria afirmado que os palestinos podem voltar a recorrer a medidas no âmbito internacional, e denunciar Israel pela incessante construção nas colônias judias em terras palestinas."Não se trata apenas de pontos em um mapa, mas de medidas deliberadas e destrutivas que buscam pedir a criação de um Estado palestino", disse Ashraui.Na sede da Autoridade Palestina, em Ramallah (Cisjordânia), Abbas disse aos representantes que a liderança palestina está interessada no sucesso das negociações com os israelenses, para finalizar o conflito israelense-palestino, mas que as atividades de construção nas colônias “não criam a atmosfera propícia” para as conversações.Os representantes, a sua vez, afirmaram apoiar a paz entre os povos palestino e israelense, baseada na solução de dois Estados. A líder do partido, Zahava Gal-On, afirmou o apoio do Meretz às negociações, mas não houve informações sobre um aprofundamento na questão sobre as colônias.

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=9&id_noticia=221952

Novo presidente do Paraguai mostra disposição para reatar com Mercosul.


Novo presidente do Paraguai mostra disposição para reatar com Mercosul

Mas o Paraguai não aceita a entrada da Venezuela no bloco.
Horácio Cartes tomou posse nesta quinta-feira (15).



O novo presidente do Paraguai, que tomou posse nesta quinta-feira (15), se disse disposto a reatar relações bilaterais com alguns países do Mercosul.
As celebrações da posse seguiram até a noite, mas a presidente Dilma Rousseff participou apenas das cerimônias oficiais e foi a primeira a deixar o Paraguai. Foi tempo suficiente para, como outros chefes de estado de países vizinhos, conversar a sós com o novo presidente Horácio Cartes. Estava em jogo a reconquista das relações.
Com a posse de Cartes, o Paraguai já pode voltar ao Mercosul, que o havia suspendido por causa do impeachment sumário do ex-presidente Fernando Lugo, no ano passado. O bloco e outros países da região consideraram a ação um golpe à democracia.

Mas o Paraguai ainda está magoado. O país não aceita a entrada da Venezuela no Mercosul e muito menos que o bloco esteja sob o comandado dela. O presidente venezuelano Nicolás Maduro não foi convidado para a posse. Em solidariedade, os presidentes da Bolívia e do Equador também não compareceram à cerimônia.
Cartes fez menção especial a Dilma Rousseff e a Cristina Kirchner, presidente da Argentina, pelos esforços na busca de entendimento, mas deixou claro que, pelo menos por enquanto, ele prefere reatar só as relações bilaterais.
Milionário, de 57 anos, calouro na política, Horácio Cartes traz de volta ao poder o velho Colorado, partido que dominou a política paraguaia por décadas e sustentou a ditadura de Alfredo Stroessner. Mas Cartes chega prometendo enterrar o autoritarismo e promover inclusão social, combatendo a pobreza.

A China não escapa da crise


MÁRIO SOARES
O TEMPO E A MEMÓRIA

A China não escapa da crise

por MÁRIO SOARES
1A União Europeia, de há uns anos para cá, tem vindo a olhar para a República Popular da China com grande simpatia e admiração. O crescimento económico que têm vindo a ter (e que este ano vai começar a baixar), as grandes empresas públicas, sediadas em Xangai e Pequim, fundamentalmente, a riqueza ostensiva em que vivem os gestores e os dirigentes políticos têm deslumbrado governos e empresários europeus. Daí que, uns e outros, tenham vindo a multiplicar as viagens de negócios ao Império do Meio e a abrir as suas economias ao investimento chinês, com bastante imprudência, diga-se.
Esquecem-se de que a China - apesar de ser hoje a segunda economia mundial - continua a ter um regime totalitário, puro e duro. E, excluída a Coreia do Norte, por enquanto não tem tido relações muito amigáveis com os seus vizinhos asiáticos, como o Japão, o Vietname, a Índia e mesmo Taiwan.
Por mim, que tenho vindo a observar com atenção a interessante e original evolução da China, pelo menos desde Tiananmen, sempre considerei que o cocktail entre um regime comunista dogmático, reconhecidamente duro, e uma economia neoliberal de capitalismo selvagem não pode - em princípio - dar nada de bom. As duas ideologias, o marxismo e o neoliberalismo, estão ambas em decadência. Mais o marxismo leninista do que o capitalismo de casino, é certo. Mas lá chegará, com pouca distância, o desgaste e a inevitável destruição de ambos. É uma questão de tempo.
Não ignoro que a audácia e habilidade política de Deng Xiaoping, mais ou menos contemporâneas da morte de Mao Tsé-tung e do colapso do comunismo da URSS, levou a um desenvolvimento enorme da China, no plano do Estado totalitário, todo-poderoso, à custa de uma sociedade ultraempobrecida, com destaque para os já pobres, principalmente rurais, e a classe média. Com algumas exceções nas grandes cidades.
Agora a sociedade em geral está a dar mostras de algum descontentamento. Porquê? Porque a China parece não escapar à crise económico-financeira global. A América do Norte, à qual comprou tantos dólares, com a intenção de a pôr de joelhos, fabrica os dólares que entende, e para a China a abundância de dólares começa a ser uma dor de cabeça... Quem tal diria?
Recentemente, surgiu a notícia de que Bo Xilai, líder da fação esquerdista do Partido Comunista Chinês, foi afastado do poder, embora tenha renunciado à luta de classes, peça essencial do comunismo. Ou seja, mais um golpe no marxismo em favor do neoliberalismo. O modelo de crescimento chinês assenta, por enquanto, essencialmente, na mão de obra barata. Há uma nova geração que teme a corrupção crescente, as tremendas desigualdades sociais e as revoltas decorrentes, que parecem preocupar o atual vice-presidente da China, Xi Jinping.
A China tornou-se indiscutivelmente uma grande potência. Mas tem problemas internos dificílimos de controlar. Veremos como a crise global económico-financeira vai evoluir na China. E a que medidas vai obrigar. Talvez os anos pacíficos que tem vivido possam vir a ser socialmente muito incómodos...
2A União Europeia continua à derivaO tempo passa com uma rapidez incrível, pelo menos para mim, e os líderes europeus, sobretudo os da Zona Euro, continuam incapazes de encontrar soluções para a crise global que aflige todos os Estados membros, mesmo os que se julgam impunes, como a Alemanha. Ora, não são, como se tem visto. Agora, a surpresa das surpresas foi Chipre. Segundo dizem os tecnocratas que comandam a Europa, Chipre disputa com Portugal a liderança do grupo de países com mais alta probabilidade de incumprimento dos juros da dívida. Mas a famigerada agência de rating Moody's já começou a atacar Chipre, dizendo que vai seguir a Grécia...
Por outro lado, a Irlanda, até agora tão bem comportada, quer adiar o pagamento de 3,1 mil milhões de euros para 2025. Será que o BCE vai consentir?
Nesta semana, os ministros das Finanças da Zona Euro vão reunir--se, em Bruxelas, para reforçar e fundir o FEEF (Fundo Europeu de Estabilidade Financeira) e o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), o qual - note-se - só estará activo em julho. Vão discutir migalhas, face às necessidades, como de costume, perdendo tempo e sem coragem de encarar as dificuldades, o que é imprescindível para resolver a crise, como sempre tenho vindo a escrever.
O mundo está, com atenção, a seguir a falta de rumo que a União Europeia tem demonstrado. O aumento do descrédito da Europa tem vindo a acentuar-se, em todos os continentes. Mas a Senhora Merkel e os seus súbditos nas instituições europeias e os líderes dos Estados soberanos, irresponsavelmente, têm medo da Alemanha. É uma situação que lembra 1939, o encontro de Munique, de má memória, quando as chamadas democracias europeias, depois de terem entregado a República Es- panhola ao ditador Franco, ajoelharam perante o nazi-fascismo, julgando que conseguiam a paz. Uma vergonha histórica. Valeu- -nos Winston Churchill, Franklin Roosevelt, De Gaulle e, depois de ser atacado, Estaline, com todas as contradições que os Aliados tinham entre si.
A história não se repete, é certo, mas as grandes causas estão a ser sistematicamente esquecidas e as democracias, em termos europeus, maltratadas. Mau sintoma!
3Falta autocrítica ao GovernoPortugal é um reflexo do que se passa na Europa. Por mais que se queira incriminar o anterior Governo Sócrates - e os partidos do Governo não deixam de o fazer, esquecendo-se de que não são eternos e atrás deles outros virão -, a indubitável verdade é que a crise que nos toca é, no nosso caso, essencialmente europeia, porque a União não soube, até agora, mudar o paradigma do desenvolvimento. Ao contrário do que sucede nos Estados Unidos, onde a economia real começou, lentamente, a crescer e o desemprego a diminuir.
É sabido que, pertencendo à Família Socialista, sempre disse que tenho por Passos Coelho estima pessoal e apreço. Mas isso não me impede de criticar - como é normal em democracia - o atual Chefe do Governo pela sua política fechada e, no plano ideológico, dogmaticamente neoliberal. Política que, no meu modesto parecer, está, infelizmente, a levar o País à descrença, ao empobrecimento e ao desemprego, que tem vindo a crescer avassaladoramente.
A austeridade pela austeridade - esquecendo as pessoas e destruindo deliberadamente o Estado social - está a dar lugar, na opinião pública portuguesa, a um enorme descontentamento e mal-estar que, a continuar, vai ter consequências muito perigosas.
Ser um discípulo fiel da Senhora Merkel - e com orgulho disso - quando a chanceler da Alemanha está, com as suas políticas, a arrastar os Estados europeus - e sobretudo a opinião pública europeia - para uma profunda desconfiança, relativamente à Alemanha, não é uma boa credencial para um primeiro-ministro de Portugal. Duas guerras mundiais, no século passado, ambas desencadeadas pela Alemanha, apesar dos anos pacíficos e de bem-estar que a Europa viveu, desde o pós-guerra, incluindo a unificação da Alemanha, graças à Comunidade Europeia, não é coisa que se esqueça facilmente. Por isso, seria bom, em termos europeus, para Portugal, que o primeiro-ministro começasse a tomar as suas distâncias relativamente à chanceler alemã, vinda e formada, não o esqueçamos, na Europa de Leste.
É urgente que o Governo português não esqueça os portugueses, sobretudo os mais pobres e os que ainda não são, mas estão a caminho de o ser. Os desempregados e os precários. Não esqueça os benefícios que todos os dias estão a perder, com o crescente desemprego, as falências em cadeia das empresas pequenas, médias, até algumas grandes e os famigerados cortes.
O Senhor primeiro-ministro, no seu Congresso, falou da "revolução pacífica", que tem vindo a realizar. Com a devida vénia, enganou-se. Trata-se de uma contrarrevolução, como qualquer politicólogo ou sociólogo lhe explicará. Porque o povo não tenha dúvidas, não participa nela nem lhe agrada nada essa "revolução" anunciada. Está profundamente contra, como não podia deixar de ser.
As reformas até agora feitas - os cortes, que atingem principalmente os mais desfavorecidos, as pri-vatizações que o Governo fez já ou pensa fazer, vendendo a qualquer preço o nosso principal património, as nomeações ou a ausência delas, que paralisam os ministérios - não são, realmente, reformas: são contrarreformas, porque o nosso povo não as aprova nem tolera e, pior, está a ficar indignado. Tanto mais que o Governo, no seu conjunto, não tem funcionado bem, como se tem visto.
Não queira, Senhor primeiro- -ministro, com a sua inegável simpatia e coragem (reconheço), passar à história com uma tal responsabilidade. Estamos a caminhar sem critério, com a austeridade - em que só ganham os mercados especulativos - a aumentar a recessão e o desemprego. Para onde caminhamos, já não digo nos próximos anos, mas sim nos meses que ainda faltam a 2012? Para mais com a criminalidade a subir e a surgirem atos, aqui e acolá, de violência...
Pacheco Pereira, insuspeito de ser socialista, num lúcido artigo publicado no sábado, no Público, intitulado: "Está o Estado a tornar--se mais fraco ou mais forte?", escreveu, examinando o processo em causa: "Há o risco real de sairmos com um Estado mais forte, mais poderoso, mais interventivo e mais autoritário." Porque, "para as Finanças não há cidadãos, mas potenciais fugitivos aos impostos". É verdade!
4uma grandeescritora esquecida O Professor Doutor Fernando Pádua, médico ilustre, teve a amabilidade de me convidar para uma cerimónia de homenagem à escritora Maria Archer, que se realiza no Teatro da Trindade na tarde de 29 de março. Aceitei com enorme honra e gosto. Na verdade, conheci pessoalmente Maria Archer - que além de grande escritora era uma mulher muito bonita - quando eu estava a sair da adolescência e me começava a interessar pela literatura e pela política. Acho que foi Piteira Santos que nos apresentou, nos idos de quarenta ou cinquenta, entre os 45 e os 50 anos de Maria Archer, antes do seu exílio para o Brasil, onde permaneceu (mal) até ao 25 de Abril. Infelizmente, não a voltei a ver depois dessa data. Sei que morreu injustamente esquecida e um pouco abandonada em 1982.
Maria Archer foi jornalista e ensaísta, sobre temas africanos, e uma romancista de invulgar qualidade. Nunca li os seus cadernos sobre África. Mas li - e possuo - os livros de que tanto gostei: Eu e Elas, Apontamentos de Romancista, Filosofia de Uma Mulher Moderna, Nada Lhe Será Perdoado, Herança Lusíada, já publicado no Brasil, com um prefácio de Gilberto Freire, e Aristocratas, um dos seus mais interessantes romances. Tenho ainda outros dois livros de Maria Archer que nunca li: África Selvagem e Brasil, Fronteira de África.
As duas grandes temáticas da obra (muito ampla) de Maria Archer são os livros sobre África ex- portuguesa, que quando jovem percorreu em detalhe (por cerca de 14 anos) e os romances sobre a libertação da Mulher, que tanto admirei na juventude e que ainda hoje aprecio.
É com grande reconhecimento que estarei no Trindade, a convite de Fernando Pádua, que só agora soube que é sobrinho dela, para homenagear a escritora, a democrata e a persistente resistente ao salazarismo.

Obama e presidente do Irã têm conversa histórica por telefone

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse nesta sexta-feira (27) que falou pelo telefone com seu colega iraniano Hassan Rohani, no que disse ser o histórico primeiro contato direto entre líderes dos dois países desde 1979. A presidência iraniana confirmou o telefonema.
O presidente dos EUA, Barack Obama, durante telefonema para seu colega iraniana Hassan Rohani, nesta sexta-feira (27), em seu gabinete na Casa Branca (Foto: AFP/Casa Branca)
Os dois discutiram a controversa questão nuclear iraniana, dentro do quadro de reaproximação diplomática que ocorre desde a eleição do moderado Rohani.
"Há alguns minutos, falei por telefone com o presidente Rohani da República Islâmica do Irã", disse Obama em pronunciamento na Casa Branca.
"Estamos conscientes de todos os desafios pela frente. O simples fato de ter sido a primeira comunicação entre um presidente americano e um iraniano desde 1979 ressalta a profunda desconfiança que existe entre os nossos países, mas também indica a perspectiva de superar essa história difícil. Acredito que há base para uma resolução", acrescentou.
"Falamos sobre os esforços em curso para alcançar um acordo sobre o programa nuclear iraniano."
Obama disse que os dois pediram às suas equipes que trabalhem "rapidamente" para chegar a um acordo.
O presidente americano disse que o caminho para um acordo completo é difícil, mas que esta é uma oportunidade única para tentar um entendimento sobre uma questão que vem "isolando" o Irã do Ocidente.
Obama afirmou que o "teste" desse processo diplomático vão ser ações "compreensíveis, verificáveis e transparentes" do governo iraniano que possam levar ao alívio das sanções internacionais contra o país.
"Em conversação telefônica o presidente Rohani e o presidente @BarackObama expressaram sua mútua vontade política de resolver rapidamente o tema nuclear", tuitou a presidência iraniana após o pronunciamento de Obama.
As potências temem que o programa nuclear iraniano possa ser usado com o objetivo de produzir armas.
O governo iraniano nega e afirma que o programa tem fins pacíficos.


Economia Chinesa

Introdução
A China possui atualmente uma das economias que mais crescem no mundo. A média de crescimento econômico deste país, nos últimos anos é de quase 9%. Uma taxa superior a das maiores economias mundiais, inclusive a do Brasil. O Produto Interno Bruto (PIB) da China atingiu US$ 8,28 trilhões ou 51,93 trilhões de iuanes em 2012 (com crescimento de 7,8%), fazendo deste país a segunda maior economia do mundo (fica apenas atrás dos Estados Unidos). Estas cifras apontam que a economia chinesa representa atualmente cerca de 15% da economia mundial.
Vejamos os principais dados e características da economia chinesa:

- Entrada da China, principalmente a partir da década de 1990, na economia de mercado, ajustando-se ao mundo globalizado;
- A China é o maior produtor mundial de alimentos: 500 milhões de suínos, 450 milhões de toneladas de grãos;
- É o maior produtor mundial de milho e arroz;
- Agricultura mecanizada, gerando excelentes resultados de produtividade;
- Aumento nos investimentos na área de educação, principalmente técnica;
- Investimentos em infra-estrutura com a construção de rodovias, ferrovias, aeroportos e prédios públicos. Construção da hidrelétrica de Três Gargantas, a maior do mundo, gerando energia para as indústrias e habitantes;
- Investimentos nas áreas de mineração, principalmente de minério de ferro, carvão mineral e petróleo;
- Controle governamental dos salários e regras trabalhistas. Com estas medidas as empresas chinesas tem um custo reduzido com mão-de-obra (os salários são baixos), fazendo dos produtos chineses os mais baratos do mundo. Este fator explica, em parte, os altos índices de exportação deste país.
- Abertura da economia para a entrada do capital internacional. Muitas empresas multinacionais, também conhecidas como transnacionais, instalaram e continuam instalando filiais neste país, buscando baixos custos de produção, mão-de-obra abundante e mercado consumidor amplo.
- Incentivos governamentais e investimentos na produção de tecnologia.
- Participação no bloco econômico APEC (Asian Pacific Economic Cooperation), junto com Japão, Austrália, Rússia, Estados Unidos, Canadá, Chile e outros países;
- A China é um dos maiores importadores mundiais de matéria-prima.
- No ano de 2012, com o crescimento do PIB em 7,8%, a economia da China demonstrou que sofreu  abalo da crise econômica mundial (iniciada em 2008), porém conseguiu manter seu crescimento num patamar elevado em comparação as outras grandes economias do mundo.
- O forte crescimento econômico dos últimos anos gera emprego, renda e crescimento das empresas chinesas. Porém, apresenta um problema para a economia chinesa que é o crescimento da inflação.
- Em 2011 a balança comercial chinesa foi positiva em US$ 240 bilhões com 
exportações de US$ 1,90 trilhão e importações de US$ 1,66 trilhão. 

Problemas:
Embora apresente todos estes dados de crescimento econômico, a China enfrenta algumas dificuldades. Grande parte da população ainda vive em situação de pobreza, principalmente no campo. A utilização em larga escala de combustíveis fósseis (carvão mineral e petróleo) tem gerado um grande nível de poluição do ar. Os rios também têm sido vítimas deste crescimento econômico, apresentando altos índices de poluição. Os salários, controlados pelo governo, coloca os operários chineses entre os que recebem uma das menores remunerações do mundo. Mesmo assim, o crescimento chinês apresenta um ritmo alucinante, podendo transformar este país, nas próximas décadas, na maior economia do mundo.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Professor da Unila analisa situação política no Paraguai

Na última quinta-feira (15), tomou posse, no Paraguai, o novo presidente do país, Horacio Cartes. Oinício do governo de Cartes marcou, também, o retorno do Partido Colorado ao poder.

Em entrevista ao programa CBN Foz (das 09h00 às 12h00), na manhã desta quarta-feira (21), o doutor em História e professor da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), Paulo Renato da Silva, analisou a situação política do Paraguai.
Segundo Paulo Renato, se o governo de Cartes adotar postura de pouco diálogo com as organizações sociais e intensificar a defesa da propriedade da terra, ações como o ataque realizado no último sábado (17) pelo grupo insurgente Exército do Povo Paraguaio (EPP) podem tornar-se mais comuns no país.
O professor avalia, também, que o Paraguai deve retornar ao Mercosul, porém, não sem antes "barganhar" com Brasil e Argentina para a diminuição dos conflitos internos existentes no bloco.

Como Fazer Seu Stencil


terça-feira, 24 de setembro de 2013

Artes

Os 10 melhores grafiteiros do mundo




Esses são os 10 melhores grafiteiros do mundo na minha opinião, não sei se você concorda com a ordem, ou com os nomes que estão aqui e caso tenha alguma observação, faça nos comentários, seria ótimo fazer uma parte 2 só com a indicação dos leitores.


10º Trans – Inglaterra



 9º Daim – Alemanha



8º Aryz – Espanha 



 7º Belin – Alemanha




 6º Edgar Mueller – Alemanha




 5º Smug – Escócia




4º Eric Grohe – Estados Unidos




3º Kurt Wenner – Estados Unidos
 




 2º Banksy – Inglaterra





 1º Os Gêmeos – Brasil













http://www.quebrandogalho.com.br/os-10-melhores-grafiteiros-do-mundo/