
Apesar das duas mortes ocorridas nas últimas semanas e do alerta das autoridades sanitárias por causa de um hantavírus, o patógeno é difícil de contrair e se propagar e, por isso, não há motivos para fechar o parque Yosemite, na Califórnia, onde foram registradas as infecções, informou uma fonte oficial esta segunda-feira, feriado nos Estados Unidos.
Pelo menos seis pessoas - das quais duas morreram - foram afetadas pela síndrome do hantavírus pulmonar (HPS), uma doença rara, mas grave, disseminada pelo rato-veadeiro (Peromyscus maniculatus), roedor que habita a cordilheira de Serra Nevada, onde fica o Parque Nacional Yosemite.
"O hantavírus é contraído ao se respirar partículas de fezes e urina do roedor", explicou à AFP a porta-voz do parque, Kari Cobb. "É uma doença extremamente rara e contraí-la é incomum", disse.
"Enquanto os indivíduos estiverem em uma área com boa ventilação e se assegurarem de não terem visto sinais de roedores, devem estar bem", acrescentou. "Não é preciso fechar o parque, não é preciso usar máscara para visitar a área", prosseguiu.
Cobbs afirmou que, embora tenha havido alguns cancelamentos, durante o fim de semana prolongado do Dia do Trabalho, nesta segunda-feira no país, o parque teve o mesmo número de visitantes do que no mesmo período do ano passado, embora não tenha divulgado números específicos. Em média, Yosemite recebe 7.500 turistas.

mundo que ficaram alojadas nas barracas denominadas "Signature Tent Cabins", na área da Curry Village - onde o vírus foi detectado - entre 10 de junho e 24 de agosto, que corriam o risco de desenvolver a doença nas próximas seis semanas.
"Tivemos muitos visitantes internacionais e cada um deles foi notificado sobre a descoberta do hantavírus", disse Cobbs, acrescentando que as 91 barracas foram fechadas. A doença tem taxa de letalidade de 36%, segundo informações divulgadas na quinta-feira pelo CDC.
"O hantavírus evolui rapidamente para dificuldades respiratórias que demandam oxigênio e/ou entubação. Não há um tratamento específico, mas se diagnosticado a tempo e se forem administrados os cuidados paliativos, as chances de sobrevivência aumentam", informou a agência. O Ministério da Saúde da França reportou no domingo que 53 turistas franceses que se alojaram nas barracas estão sendo examinados.
A Agência Britânica de Proteção da Saúde (HPA, na sigla em inglês) disse em um comunicado, publicado esta segunda-feira, que "aproximadamente 100 britânicos se alojaram no parque Yosemite" e acrescentou que estão sendo feitos contatos com eles.
Na semana passada, o Departamento de Saúde Pública da Califórnia informou que um morador do estado e outro da Pensilvânia (leste) morreram e outros quatro estavam doentes, mas recuperando-se. O CDPH publicou em 2008 um estudo segundo o qual 20% dos ratos-veadeiros dos parques florestais americanos são hospedeiros do vírus.
Desde que o hantavírus foi identificado em 1993, houve 60 casos registrados na Califórnia e 587 em nível nacional, um terço deles mortais.
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