quinta-feira, 19 de abril de 2012

Londres 2012: Pressão por presença feminina nas Olimpíadas desafia países conservadores


O Comitê Olímpico Internacional (COI) está trabalhando para convencer países que nunca tiveram atletas mulheres em suas delegações olímpicas a incluí-las nos Jogos de Londres 2012.

A ideia é fazer com que a Olimpíada deste ano seja a primeira a contar com a presença feminina nas delegações esportivas de todos os 204 países participantes dos Jogos.
A questão é sensível para três países que nunca tiveram mulheres competindo em Olimpíadas – Arábia Saudita, Brunei e Catar.
No caso do Catar – que vai sediar a Copa do Mundo de 2022 e quer ser sede da Olimpíada de 2020 -, três mulheres já se qualificaram para os Jogos de Londres, nas modalidades de tiro, nado e corrida, o que foi louvado em comunicados oficiais do país. Este também prometeu construir um centro de treinamento de alta performance para atletas femininas em Doha.
A questão é mais sensível, porém, no que diz respeito à Arábia Saudita e a Brunei.
Nas últimas semanas, o chefe do comitê olímpico saudita, Nawaf Bin Faisal, afirmou em coletiva que, apesar dos apelos do COI, o país oficialmente não enviará atletas mulheres às Olimpíadas britânicas.
O comitê olímpico do país "não vai endossar a participação feminina no momento", afirmou Faisal.
Ressaltou, porém, que tampouco impedirá que atletas possam competir de maneira independente, mas que estas serão orientadas a "não violar a sharia (lei islâmica)".
Já Brunei ainda não deixou claro se levará atletas mulheres a Londres.
O presidente do COI, Jacques Rogge, afirmou no último fim de semana que o órgão está "em discussão" com o comitê saudita para pleitear pela participação de mulheres nos Jogos de Londres e que "ainda é cedo para chegar a conclusões".

Nenhum comentário:

Postar um comentário