domingo, 20 de maio de 2012


Brasil não pode depender da autorregulação do mercado para crescer, afirma Dilma





São Paulo –  A presidenta Dilma Rousseff disse hoje  que o Brasil vive momento de ruptura com a prática de delegar a condução do crescimento exclusivamente às forças de autorregulação do mercado, excluindo o interesse da sociedade das decisões econômicas. Segundo a presidenta, o país vive uma “benigna” transformação de subordinação da lógica econômica à agenda dos valores indissociáveis da democracia e da inclusão social.
"Nós hoje não admitimos mais a possibilidade de construir um país forte e rico dissociada de melhorias das condições de vida de nossa população, nem tampouco acreditamos mais na delegação da condução de nosso crescimento exclusivamente às forcas de autorregulação do mercado, crença aliás que Maria da Conceição Tavares sempre corretamente criticou", disse Dilma,  ao discursar na solenidade que homenageou a economista Maria da Conceição Tavares com a entrega do Prêmio Almirante Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia de 2011.
Maria da Conceição de Almeida Tavares foi professora da presidenta. É graduada em matemática e economia e doutora em economia da indústria e da tecnologia. A economista publicou dezenas de artigos em livros e publicações nacionais e estrangeiras, além de publicar e organizar mais de dez livros e capítulos em mais de 20 livros.
"Nós estamos enfrentando este ano, outra vez, uma crise internacional. Que é ruim, mas vocês têm que ter em conta que em 2009, que foi o começo dessa ‘crisezona' que está aí, foi a primeira vez que o Brasil não entrou em parafuso. Não teve que fazer moratória, não interrompeu o desenvolvimento, e isso é sinal de que nós estamos caminhando por outro caminho", disse a economista durante o evento.
Já sobre a crise europeia, a economista, de 82 anos, brincou que não deve ver seu fim. "Não vou conseguir passar a crise europeia, porque será uma crise muito longa."

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